INDICAÇÕES PARA VACINAÇÃO CONTRA PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV)

Existem duas vacinas aprovadas pela Agencoa Nacional de Vigilancia Sanitária (ANVISA). As caracteristicas e indicações das vacinas estão no quadro abaixo:

•  As vacinas apresentam bom perfil de segurança
• Os efeitos adversos são leves e geralmente são dor e vermelhidão no local da injeção
• Não é necessário exames subsidiários para realizar a vacina
• Gestantes não devem realizar as vacinas
• Mulheres com infecção atual ou prévia de HPV podem ser vacinadas
• Pessoas HIV positivas podem ser vacinadas

A VACINAÇÃO DEVE SER INICIADA MESMO EM MULHERES QUE INICIARAM A ATIVIDADE SEXUAL

O RASTREIO DO CANCER DE COLO DO ÚTERO DEVE CONTINUAR MESMO A PÓS A VACINAÇÃO

LÍQUEN ESCLEROSO: COMO ESSA DOENÇA ATINGE AS MULHERES?

A mulher começa a sentir prurido (coceira) e queimação na vulva acompanhada de dor no ato sexual. Inicialmente não há nenhuma lesão, com a progressão dos sintomas a pele da vulva se torna branca e fina nos pequenos e grandes lábios.

Trata-se de uma doença dermatológica cronica chamada Líquen Escleroso. Uma condição comum nas mulheres na perimenopausa, contudo não sabemos o que causa essa alteração. O diagnóstico é feito através de vulvoscopia e biópsia da área afetada

 

A importancia do diagnóstico e monitorização dessa afecçào se dá devido a associação do líquen escleroso com neoplasia vulvar.

 

O tratamento é realizado com controle do estresse, medidas de hidratação vulvar e corticóides locais, além de visitas frequentes ao ginecologista (3 em 3 meses)

NÃO TENHA RECEIO DE PROCURAR AJUDA!!!

NEOPLASIA INTRAEPITELIAL VAGINAL (NIVA)

A Neoplasia Intraepitelial Vaginal (NIVA) é o estágio pré canceroso da neoplasia da vagina. As NIVAs tem aumentado nos últimos anos devido ao aumento de mulheres acometidas pelo HPV (papiloma vírus humano). Esse vírus tem associação no desenvolvimento dessa doença.

Mulheres de 43 a 60 anos são as mais acometidas

DIAGNÓSTICO: realizado através de citologia cervico-vaginal (papanicolau) e colposcopia para localização da lesão.

TRATAMENTO: existem várias modalidades de tratamento, sendo individualizada a abordagem. Podemos fazer aplicação local de ácido tricloroacético, retirada cirúrgica da lesão, aplicação de cremes imunomoduladores e utilização do laser para destruição da lesão.

O MAIS IMPORTANTE É LEMBRAR QUE NESSE ESTÁGIO HÁ TRATAMENTO ANTES DE SE TORNAR CANCER!!!

QUAIS AS MULHERES QUE NÃO PODEM FAZER REPOSIÇÃO HORMONAL NO CLIMATÉRIO?

Totalmente CONTRA INDICADA:

1. Lupus Eritematoso Sistemico
2. Predisposição a trombose
3. Antecedente de Trombose
4. Neoplasia de Mama
5. Mieloma múltiplo
6. Esclerose tuberosa
7. Carcinomas de Pulmão, Ósseo, Rim, Fígado e Pancreas
8. Doenças Cardiovasculares

Outras Neoplasias que são PERMITIDAS a reposição hormonal:
Carcinomas de Bexiga, Tireóide, Aparelho digestivo, Colo do útero, Ovário.

Doenças que existem DÚVIDAS em fazer a reposição hormonal:

1. Esclerodermia
2. Púrpura Trombocitopenica
3. Esclerose Múltipla
4. Dermatopolimiosite 

 A assistencia à mulher climatérica deve ser abrangente, inciando-se com as orientações gerais e continuando através de medidas terapeuticas. É fundamental ressaltar que os diferentes tipos de tratamento devem ser individualizados, a seleçào de pacientes adequada e monitorização rigorosa.

Vaginal Mesh Complications

ENDOMETRIOSE: DOENÇA QUE JÁ ATINGE 10% DAS MULHERES EM IDADE REPRODUTIVA

A endometriose é uma doença caracterizada pela implantação de fragmentos do tecido que reveste a parte interna do útero – o endométrio – fora da cavidade uterina.

Supõe-se que, quando a mulher menstrua, minúsculos pedaços do endométrio, em vez de serem eliminados, subam pelas trompas, implantem-se na cavidade abdominal adjacente e cresçam sob a ação dos hormônios. O problema é que esse pequenos pedaços de endométrio são estimulados a todos os meses com a variação hormonal, causando sintomas incomodos e incapacitantes.

Contudo, a endometriose não costuma evoluir para formas mais graves ou para câncer. Sua conseqüência mais importante é a infertilidade, que pode ocorrer em mulheres  devido a deformação ou obstrução da trompa, ou mesmo por uma combinação de fatores hormonais e imunológicos.

Estaremos publicando, em nosso blog, uma série sobre endometriose. Nessa primeira parte tratamos sobre o que é a Endometriose; na parte 2, sintomas e diagnóstico; e na última parte falaremos sobre as formas de tratamento.

VEJA SE VOCE É PORTADORA DA SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é a mais comum desordem endócrina que afeta as mulheres, com uma prevalencia de 6-10%. Essa síndrome foi descrita desde 1935, mas só a partir da década de 90 foram realizados estudos para melhor entender essa doença. O diagnóstico da SOP é realizado com a presença de 2 dos 3 caracteres citados no quadro.

A produção excessiva de androgenos pode ser observada pela presença de acne; queda de cabelo; crescimento de pelos em regiões, tipicamente, masculinas; ou medidas laboratoriais mostrando aumento dos hormonios sexuais masculinos. (vide esquema abaixo)

As alterações menstruais são caracterizadas por períodos sem menstruar ou menstruções com fluxo bastante reduzido indicando a não ovulação.

Na ultrassonografia iremos observar os ovários aumentados de volume com a presença de vários microcistos.

Ainda temos algumas características que não são usadas para diagnóstico dessa síndrome, mas podem estar presentes na mulher portadora. A mulher com SOP tem mais risco de desenvolver doença cardiovascular; obesidade; desenvolvimento de diabetes tipo 2; infertilidade; complicações na gestação como diabetes e hipertensão; problemas psicológicos (depressão, ansiedade); e maior risco de cancer de útero.

ENTÃO VERIFIQUE SE VOCE POSSUI ALGUMAS DESSAS CARACTERÍSTICAS E PROCURE SEU GINECOLOGISTA

GINOVIDA: PRIMEIRO ANTICONCEPCIONAL ORAL COM ESTRADIOL: E O ...

GINOVIDA: PRIMEIRO ANTICONCEPCIONAL ORAL COM ESTRADIOL: E O ...: Lançado recentemente o primeiro anticoncepcional com Estradiol. Os outros anticoncepcionais utilizam o Etinilestradiol, molécula totalmente...

PRIMEIRO ANTICONCEPCIONAL ORAL COM ESTRADIOL: E O QUE ISSO INFLUI NA VIDA DA MULHER?

Lançado recentemente o primeiro anticoncepcional com Estradiol. Os outros anticoncepcionais utilizam o Etinilestradiol, molécula totalmente fabricada em laboratório; já o Qlaira contém Valerato de Estradiol em seu componente estrogenico. Aí vem a pergunta qual a diferença entre os dois compostos? E ainda, quais os benefícios oferecidos à mulher?

Sangramento intermenstrual menos frequentes e de menor intensidade

Sangramento menstrual mais curto e menos intenso

Menor sobrecarga sobre o fígado
Menos ressecamento vaginal

Não interfere na sexualidade e líbido da mulher

A molécula do Valerato de Estradiol após ingerida se torna igual ao Estradiol natural produzido no corpo da mulher 

Hoje a mulher tem mais opções na contracepção oral. E o seu ginecologista pode personalizar a escolha do anticoncepcional!!!

REPOSIÇÃO DE GH NO CLIMATÉRIO: É REALMENTE NECESSÁRIO?

O GH (Hormonio do Crescimento) decai com o avançar da idade. Sendo assim podemos flagrar mulheres com Deficit de GH no climatério. Temos um esquema simplificado onde o GH age no corpo e quais os seus benefícios:

• Redistribuição de massa corporal
• Diminuição da gordura visceral
• Aumento da massa magra
• Aumento da capacidade de realizar exercício
• Melhora do perfil lipídico
• Aumento da formação óssea
• Melhora da qualidade de vida e bem-estar

 Discuta com o seu ginecologista essa possibilidade!!!

TRATAMENTO DA CISTITE INTERSTICIAL

Pesquisa realizada pelo nosso grupo de Urologia Feminina da UNICAMP, que mostra bons resultados com medicação sendo colocada dentro da bexiga.
http://www.rac.com.br/blog/33385/36/parceria-rac-ems/sindrome-da-bexiga-dolorosa-interfere-na-qualidade-de-vida

DISMENORRÉIA MEMBRANOSA

A Dismenorréia é classificada como sendo a dor associada a mentruação; e a DISMENORRÉIA MEMBRANOSA além da dor, pode-se observar eliminação de material membranoso ou elástico(ver foto acima). Esse material é expelido do interior do útero pela vagina.

POSSIVEIS CAUSAS DA CISTITE INTERSTICIAL